Por Ricardo Lacerda
As empresas estão cada vez mais preocupadas com a proteção de dados importantes. É o que revela a edição 2011 da “Pesquisa Global de Segurança da Informação”, divulgada recentemente pela PwC. Entre os 12,8 mil entrevistados, 52% afirmam que a organização para a qual trabalham irá aumentar os investimentos em segurança da informação no próximo ano. “É uma excelente notícia. Essa resposta nunca foi tão expressiva”, garante Ricardo Dastis, gerente executivo da PwC para a área de consultoria em segurança da informação na região sul. No Brasil, o a preocupação é ainda maior. Tanto que 66% dos executivos disseram que suas empresas devem incrementar os aportes nos próximos 12 meses. “É uma preocupação que foi para a pauta das áreas de negócio das empresas”, diz Dastis. Segundo ele, as turbulências na economia global geraram uma uma demanda reprimida, que só agora começa a ser retomada.
Pouco tempo atrás, a segurança da informação era vista como algo secundário. Hoje, a realidade mudou – tanto, que as áreas de TI têm conseguido preservar projetos em meio às reduções de custos demandadas pela crise. “Antes, os executivos tinham que justificar qualquer investimento em sistemas de informação, defender uma ideia e ir atrás dos recursos – e ainda corria o sério risco de ser cortado”, lembra Dastis. Uma das razões para que o “moral da segurança da informação” crescesse tem a ver com uma quebra de paradigma: hoje, a proteção de dados é vista como um forte aliado em qualquer negócio. “O público interno também tem se envolvido mais com essas demandas. As áreas de negócio que mais se destacam pedem atenção especial à segurança e buscam soluções. Não são mais simples pontos técnicos”, afirma Dastis.
Entre os resultados da pesquisa, destaque para o item que diz respeito à vulnerabilidade da informação no relacionamento com empresas terceirizadas e fornecedores. “Até que ponto a área de segurança deve atuar com mais vigor, exigindo que os parceiros sigam as práticas, os processos e controles de sua empresa? Essa preocupação é crescente”, assegura Ricardo Dastis. Na questão “seus parceiros sofreram com a crise?”, o índice de respostas positivas saltou de 43%, em 2010, para 52% na versão 2011.
fonte: PWC