quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Segurança no celular


As informações que passam pelo celular são confidenciais, pessoais e, muitas vezes, sigilosas. Portanto, não podem cair em mãos erradas. "É justamente esse questionamento que se deve fazer para começar a ter noção do que representa ter os dados roubados e a importância de protegê-los", ressalta o analista de segurança Marcello Zillo Neto.

A conscientização sobre as práticas de segurança deve partir dos usuários e das empresas. Afinal, os celulares guardam tantos dados confidenciais e importantes para o negócio da empresa quanto a rede de computadores das mesmas e esses aparelhos também se conectam à Internet, enviam e recebem e-mails, permitem a leitura de arquivos PDF, Power Point, entre outros.

Dos modelos mais simples aos mais sofisticados, os celulares adquiriram uma capacidade de processamento comparada a de um computador. Para muitos executivos, o celular é a forma mais simples e discreta de levar trabalho para todos os lados. Alguns até preferem carregar seus smartphones, aparelhos que são um misto de celular e computador de mão, a notebooks.

O gerente de projetos da Módulo, Marcos Julião, orienta as empresas a adotarem regras e políticas de proteção de celulares sujeitas a punições, caso sejam descumpridas. "Acho que a conscientização acontece de duas formas simultâneas: distribuição de informação, com informativos e treinamento, e aplicação de sanções em caso de não cumprimento das regras. O alerta não é exagero por parte dos especialistas. Os números comprovam os riscos. Em 2004, foram registrados 21 casos de vírus no celular. Em 2005, esse número saltou para 111. A perspectiva para 2006 é que os casos dobrem", alerta.

O primeiro passo para agir com mais segurança é colocar uma senha no celular. Desta forma, caso ele seja roubado, será mais difícil entrar no sistema do aparelho. "A dica vale tanto para quem tem modelos simples como sofisticados", recomenda Zillo, lembrando que há vários casos de venda de contatos de agenda de celular por diversos motivos: marketing móvel, chantagem, ameaça, entre outras situações ilícitas.

O risco aumenta à medida que o celular tem mais recursos. Normalmente, modelos com a tecnologia bluetooth, que permite a transmissão de dados entre aparelhos por radiofrequência em curtas distâncias, são alguns dos mais sensíveis a incidentes de segurança, segundo especialistas. As primeiras pragas a infestar celulares utilizavam o bluetooth para se propagar. Um exemplo é o CABIR, primeiro vírus para telefones móveis. Depois, surgiram variantes do CABIR e, em 2006, foi detectado o primeiro trojan para celulares, chamado Flexi Spy. "Se o usuário recebe um e-mail e não tem antivírus no sistema, estará completamente vulnerável", adverte Zillo.

A gerente de mobility da Nokia, Silvia Paladino, adverte: não deixe o bluetooth do seu aparelho ligado todo o tempo. Você estará sujeito a receber qualquer tipo de arquivo malicioso. Mesmo ligando o bluetooth esporadicamente você corre o risco de ser contaminado. "Então, tenha um antivírus atualizado no seu aparelho", orienta. O problema de ser infectado por um vírus desse tipo é que ele tenta se propagar mesmo que o usuário tente desabilitar o bluetooth.

fonte: http://www.modulo.com.br